quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

PARALISAR TUDO



Na chegada de fim de ano é tempo de parar o cotidiano, de parar a rotina, de parar a roda, de repensar na vida, de descansar a mente e cansar o corpo, mas com rotinas diferentes, saudáveis.
Dentre as novas rotinas, fui presenteado pelo próprio escritor com o livro Tessituras de Jurandir Rodrigues.
Paralisar tudo é um de seus poemas que gostaria de dividir com vocês, pois paralisar é preciso.

“Paralisar Tudo
Sangue fervendo sendo congelado aos poucos.
Esperar um movimento para tudo voltar.
Tudo escorrendo.
Fluindo.
Nada te aguarda.
Os movimentos independem de ti.
Canalizar tudo.
Que nada escorra desordenado.
Frear os movimentos bruscos, impensados.
Estudar todos os movimentos.
Que nada seja mecânico, dinâmico.
Sem atos falhos, só os estudados.
Não ser pego em flagrante, não ter atos deselegantes,
Nada que te comprometa.
Não comprometer.
Não dizer o que pensa ou até o que não pensa.
Não dizer.
Não se estender
Não tentar se fazer entender.
Não procurar entender.
Não fugir.
Não se entregar.
Não falar.
Não calar.
Não fazer calar.”
Livro Tessituras  - Jurandir Rodrigues

Míledi Brasil

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